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Jornal A Voz dos Bairros de Piracicaba

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HISTÓRIA RESUMIDA DO MERCADO MUNICIPAL DE PIRACICABA!

Antes do Mercado Municipal ser  ponto de referência e orgulho da cidade, o seu inicio e fundação começou como um "Parto Dificil" para a sua época,mas para entendermos  melhor como tudo isso ocorreu, reportaremos para 1882, século em que a cidade, em regime provinciano,  era uma das maiores em população do Estado de São Paulo  e o seu sistema de compra e venda  realizados por mascates, que iam de porta em porta oferecendo seus produtos.

Existiam também, pequenos cubículos (quartos) espalhados pelas principais ruas da cidade, entre elas a Rua da Palma (atual Tiradentes) e a  Rua dos Pescadores (atual Prudente de Morais).

Segundo o jornal "A provincia", a comunidade era composta, além dos mascates, escravos, tropas de soldados, negociantes de escravos, animais de carga em atropelos, a molecada, mucamas e donas de casa.

Foi  neste ano, que o Sr. Joaquim Borges da Cunha, antigo proprietario e redator  do jornal “Gazeta” , em uma  edição do dia 12 de agosto, escreveu um artigo sobre a necessidade de se  construir um  mercado na cidade, mas o seu escrito, sequer foi levado a sério, vindo a vingar apenas seis anos depois, após o fim da escravidão em Piracicaba, ocorrido no dia 13 de Maio de 1888, mas isto é uma outra história...

Mas a sua idéia só começou a tomar corpo com a entrada e participação de um politico local, o ex vereador Manoel de Moraes Barros, que assumiu e a comandou como uma de sua plataforma politica e assim no seu desenvolvimento, surgiram várias sugestões e locais  para a sua construção, entre elas a “Cadeia Velha”, da antiga Praça 7 de Setembro,onde hoje se localiza o Coreto da Praça Central, depois, o Largo do Gavião (atual Praça Almeida Júnior), local onde estava instalado a Pinacoteca Municipal, situado entre as ruas São José e Morais Barros (antiga rua Direita), mas esta ideia foi abandonada por ser uma região muito pedregosa e a engenharia tecnologica  da época não daria conta.

Assim a disputa comercial e politica voltou a tona, e a nova solução mais convincente,  foi em construir o mercado em um terreno da Rua do Comércio (atual Governador Pedro de Toledo), com esquina da Rua Esperança(atual D.Pedro lI), mas o local tinha como  proprietários, o Sr. João Comado Engelberg e  Maria Josefa de Camargo e o industrial Engelberg, um dos pioneiros da cidade, não queria vender o seu terreno. Então, Jacob Diehl ofereceu um terreno de sua propriedade: na Rua da Palma (atual Tiradentes), esquina da Rua do Conselho (atual Regente Feijó). Mas o terreno era insuficiente para um mercado e a Câmara Municipal por questões politicas, estava aos poucos se comprometendo com dona Maria Josefa, sendo que a cada dia a população vinha pressionando para a realização da construção do Mercado.

Houve disputas pacíficas e bate boca entre os comerciantes da Rua Tiradentes com os da Rua Governador para definição do local da sua instalação, mas no final, a Governador Pedro de Toledo, esquina com a D. Pedro II saiu vitoriosa e após embate, o mercado foi construído pelo engenheiro Miguel Asmussen, que segundo a Câmara Municipal, apresentou uma melhor proposta, sendo concluida no dia 22 de fevereiro de 1887, mas o seu funcionamento oficial só foi possivel no ano seguinte, em Julho de 1888, elaborado  por Prudente de Morais e Dr. Paulo Pinto.

Hoje, passado todos estes anos e com uma localização central privilegiada,(Praça Dr. Alfredo Cardoso), o Mercado Municipal se tornou em um ponto de referência da cidade por oferecer produtos diferenciados e de boa qualidade como horti-frutis, açougues, mercearias, pastelarias, docerias, peixaria, especiarias, gastronomia, floricultura, artesanato, tabacaria, pesca, empório, massas, laticínios, granjeiros, pet-shop, utensílios domésticos e religiosos.

O Mercado Municipal foi tombado pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba) em março de 1986 devido a sua importância histórica, urbanística e cultural para o município.

Texto: José Santos (Maestro Cidão) / Fonte: A Provincia / Liivro“De Piracicaba para Piracicaba”, de Luiz Leandro, um dos pseudônimos de Leandro Guerrini/ Mercado Municipal de Piracicaba.





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