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Jornal A Voz dos Bairros de Piracicaba

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A HISTÓRIA DO BOSQUES DO LENHEIRO E SUA COMUNIDADE!

 


No século passado, quando os primeiros bairros começaram a se formar por causa do crescimento populacional central da cidade, existiam vários pequenos bosques na região e também lenheiros ou lenhadores, que abasteciam a cidade com carvão, lenha para fogões, padarias e lareiras; e por este fato histórico e pelas espécies de árvores que se utilizavam na época, com o passar dos anos, teve se a ideia de se criar na região Norte da cidade, um bairro "pré moldado" e assim o batizar com o nome de BOSQUES DO LENHEIRO, também conhecido como BDL, (abreviação e uso inicial do seu nome) .
CONHEÇA A SUA HISTÓRIA!
O Bosques do Lenheiro, fica situado as margens do Rio Corumbataí a 6 quilômetros do centro da cidade e um pouco mais de 3 quilômetros abaixo, próximo ao triste local, onde em abril de 1804, houve um sangrento massacre e assassinato de mais de 3.000 negros Bantus, escravos de Piracicaba e região, que eram moradores pacíficos do Quilombo do Corumbataí, pelo Sargento Carlos Botelho, a mando do governador de São Paulo, José Antônio de França e Horta, próximo a ponte de Santa Terezinha, onde hoje se encontra um Supermercado e à sua frente, o Parque Histórico Quilombo do Corumbataí.
O Bosques do Lenheiro foi construído com moldes e formato de um núcleo habitacional, semelhantes a alguns que já haviam sido criados, como nos bairros Jupiá, Balbo, Cecap, assim como seu vizinho mais próximo, o bairro Mário Dedini, mas a comunidade do Gilda, seu outro vizinho do lado esquerdo, só chegou alguns tempo depois.
A responsabilidade administrativa da obra, foi e continua a ser exercida pela Prefeitura Municipal, através da EMDHAP (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba) em parceria com a Caixa Econômica Federal.
O objetivo principal da criação do empreendimento, foi em poder proporcionar a concessão de lotes para famílias de baixa renda, para os que moravam em áreas de risco, integrantes do movimento sem teto de Piracicaba e o exercício de um comércio local.
Porém, para obter o direito de moradia, era necessário o cadastramento familiar através de triagem organizada pela EMDHAP, e se comtemplado, o mesmo deveria aguardar o termino da construção das moradias, estando isento a esta regra, apenas as famílias que moravam em áreas de risco, que no qual eram cadastradas automaticamente.
SEUS PRIMEIROS MORADORES!
O Bairro Bosques do Lenheiro levou cerca de dois anos para ser concluída ( inicio de 1997 a dezembro de 1999), tendo em si 1.412 terrenos, sendo 1.370 para a moradia e 42 para comércio, com lotes com aproximadamente 150m² contendo 31.32m² de área construída em formato de alvenaria dotadas de sala, quarto, cozinha, banheiro e espaço para futuras ampliações.
Seus primeiros moradores foram os que estavam sitiados em alguns barracões da Usina Modelo e que pertenciam ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) , pois naquela época, alguns haviam invadido e ocupado indevidamente as casas do Bairro Mário Dedini que estava sendo construída pela CDHU, danificando muitas delas.
Após sua conclusão, todas as famílias que eram de caráter de emergência, foram alocadas em uma única rua, a 25, hoje conhecida como rua das Uvaias, sendo que o bairro contém no total, cêrca de 32 ruas e vias.
Em seguida vieram as famílias de área de risco e das favelas da cidade, e no ano seguinte, com o término das construção de mais casas, chegaram os demais cadastrados.
AS RUAS DO BDL!
São elas: Rua das Amburanas, das Amendoeiras, das Canjaranas, das Carnaúbas, das Castanheiras, das Cerejeiras, das Figueiras, das Guarirobas, das Ingazeiras, das Mangueiras, das Oliveiras, das Paineiras, das Pitangueiras, das Sapucaias, das Seringueiras, das Tarumãs, das Uvaias, dos Angicos, dos Araçás, dos Cajueiros, dos Cambarás, dos Carvalhos, dos Jacarandás, dos Jatais, dos Jequitibás, dos Manacás, dos Mognos, dos Pinheiros, dos Salgueiros, das Jabuticabeira e a Pau Brasil.
A LUTA CONTRA O PRECONCEITO SOCIAL!
Nos primeiros anos de sua posse, a população da recém comunidade passou por vários conflitos e preconceitos sociais internos e externos, devido a forma e condição socioeconômica familiar de seus moradores, criando com isso, várias barreiras e dificuldades na busca de emprego em outros bairros, seja ela doméstica, comercial ou algumas empresas e tudo devido a má fama que lhes eram aferidos, por causa de alguns poucos moradores que não se enquadravam na nova e oportuna vida social que passariam a ter a partir da conquista de um teto.
Mas seu moradores, como guerreiros, foram aos poucos se arrumando e se auto valorizando, conseguindo, enfim, o merecido respeito ante a minoria preconceituosa da cidade.
A VITÓRIA DO POVO!
Hoje, com o passar dos anos e depois de muita luta, o bairro conta com uma boa infraestrutura, em escolas, creches, postos médicos( I e II), Igrejas religiosas, comércio atuante, praça, áreas de lazer e uma comunidade com muitos moradores de talentos, além de um recente vizinho que surgiu a alguns anos em uma área verde do bairro e também próximo ao rio Corumbataí, conhecida como Comunidade Frederico.
Certo tempo depois e antes da Comunidade Frederico, chegou o Bairro Gilda.
Mas isto é uma outra história...
Foto ilustrativa: - pexel. com
Texto : -José Santos (Maestro Cidão)
Mtb: 007.4724/ SP
Fontes de pesquisas: - PSF Bosques do Lenheiro / Guiamapa.com / Blogespiritodolugar

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