Vários Municípios do Interior Paulista, tiveram que passar em sua formação histórica, pelo processo de vilarejo antes de se tornarem cidades, e Piracicaba também seguiu este mesmo rumo, começando como um simples povoado, e se instalando na margem direita do rio, onde décadas mais tarde viria a ser a Vila Rezende, isto, em 1767.
Ali habitavam os índios Paiaguás, que foram vítimas de genocídio, pois conta-se que, em 1730, uma expedição foi trucidada por cerca de "oitocentos índios em 80 canoas”, (para defenderem suas tribos e território), conforme relato do historiador Mario Neme, através dos antigos registros de Paulo Setúbal, em “Ouro de Cuiabá”.
Mas entre 1730 a 1800, os colonizadores e expedicionários arquitetaram vários massacres e desta forma, praticamente dizimaram os índios e toda sua tribo, assim como aconteceu com o Quilombo do Corumbataí, em Abril de 1804, com apenas um ataque surpresa, ocorrido no bairro Santa Terezinha, próximo as margens do rio Corumbataí, onde hoje está instalado a praça de Lazer Corumbataí, e um Supermercado ao lado.
Mas isto é uma outra história...
Após sete anos ali instalado, em 1774, o povoado foi elevado a Freguesia, com cerca de 230 habitantes e após dez anos, em 1784, foi transferida, para o lado esquerdo do rio, próximo ao salto do rio; em 1822 elevada a Vila, (Vila Nova da Constituição) e finalmente Piracicaba em 24 de Abril de 1856, ganha status de "Cidade de Piracicaba" e oficializada onze anos depois, em 1877, pelo ex Presidente da República Prudente de Moraes.
Mesmo na categoria de cidade, a criação de imóveis em formato de Vila, ainda era forte e predominante entre as classes médias e de trabalhadores industriais, surgindo assim duas formas de Vilas: A construídas por empreendedores para fins financeiros e as Vilas Operárias, que eram construídas por grandes empresas e industrias para acomodar seus empregados, e eram instaladas de preferência, próximo as empresas, e apenas os operários e suas famílias podiam habitar naquele local.
AS VILAS OPERÁRIAS E COMERCIAIS
Porém, as Vilas Comerciais, eram bem diferentes das Vilas Operárias ou Industriais, que eram mais simples, pois a comerciais eram construídas com cômodos maiores, mais número de quartos, banheiro interno, sala de jantar, bom acabamento de faixada e até quarto para empregada, como as existentes até hoje na Vila Romana, em formato de sobrado, situada no bairro Alto, próximo a Santa Casa.
Hoje muitas bairros, detém em si o nome de Vila e embora tenham se transformado em importantes bairros, os mantém viva este titulo , em respeito as tradições vividas pela comunidade, e entre eles está a Vila Rezende, Via Sônia e a Vila Independência, no total geral de doze Bairros.
São eles: Vila Areão, Vila Belém, Vila Bessy, Vila Cristina, Vila Fátima, Vila Independência, Vila Industrial, Vila Monteiro, Vila Nossa Senhora Aparecida, Vila Pacaembu, Vila Rezende e a Vila Sônia
Além das Vilas Operarias criadas por empresas e muitas delas já extintas , como a Vila Boyes, Fepasa (empresas ferroviária), existem também, as vilas formada por grandes famílias de imigrantes.
Mas isto é uma outra história...
Texto: Maestro Cidão: Mtb: 007.4725/SP -
Foto Ilustrativa: Vila Operária do Bairro Tatuapé SP / Sindbast
Fontes: IGHP / Província / Blog Ricardo Trevisan
www.vozdosbairrospiracicaba.com.br
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