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Jornal A Voz dos Bairros de Piracicaba

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A HISTORIA DE SANTA OLIMPIA, SANTANA E SEU MORADORES!

Incentivadas pela família Stenico de Romagnano, que aqui já estavam desde 1877, fez -se surgir, talvez até que intencionalmente a Colônia Tirolesa de Piracicaba, fundada no final do século XIX, entre 1892 e 1893, por imigrantes tiroleses oriundos do Vale do Rio Ádige próximos à cidade de Trento (Tirol Italiano), região que de 1363 até 1918 pertenceu à Áustria e hoje pertence à Itália (atual Província Autônoma de Trento).

Nesta época, estava em final de curso a abolição da escravidão, devido a forte pressão da União Europeia e dos Estados Unidos e com isso se tornou necessário e urgente a substituição da mão de obra negra por trabalhadores europeus e orientais.

Esta fase, coincidiu - se com a crise econômica que surgira na região do Tirol e isto  incentivou milhares de tiroleses a deixaram o Império Austro-húngaro em busca de melhores condições de vida e no inicio dos anos 80 do século 19,um deles, a família Giacomo Correr, Rosa Pompermayer e seus 11 filhos resolveram partir de navio, da cidade de Romagnano, rumo  em direção ao porto de Santos.

 Ao aqui chegarem,, a família seguiu para a fazenda Sete Quedas, na região de Campinas, onde já trabalhavam parentes e conhecidos das famílias Forti, Vitti, Stenico, Christofoletti e Degasperi. 

Alguns anos depois, transferiram-se para a fazenda Monte Alegre em Piracicaba, e dez anos depois, em 1892, as famílias compraram a fazenda Santa Olímpia, a cerca de 23 km do centro de Piracicaba. 

No ano seguinte, foi a vez da Família Vitti e alguns integrantes da família Forti comprarem a fazenda Sant’Anna, ao lado da Santa Olímpia e assim, muitos casamentos entre eles uniram cada vez mais ambos os bairros.

Para quem não conhece a região, o bairro de Santa Olímpia é um lugar de formação antiga, de porte pequena,  conservada e muito aconchegante.

A comunidade foi formada desde o inicio no molde antigo medieval, que consiste em uma igreja no centro, seguida de uma grande praça verdejante, dotadas de plantas, flores e árvores, sendo na sua maioria, ruas ligadas ou direcionadas a igreja e com várias casas  germinadas e portas diretas para a rua.

Embora as comunidades  mantém viva as tradições de seus pioneiros, através do folclore, culinárias típicas e no seu modo de viver e falar, contudo sabemos que em uma história de um povoado vencedor, seja ele do Continente africano, Oriente japonês, alemão ou até mesmo italiano, porém,  nem tudo é flores, lindo e maravilhoso.

Existiram também  momentos difíceis a serem vencidos e umas delas foi a dificuldade para adaptação ao idioma nativo, moradia e emprego; e isso fez com que várias colônias inteiras sofressem anos de pobreza e os bairros Santa Olímpia e Santana não foram diferentes e só  superaram  após duas gerações.

O Dialeto Tirolês

Ao andarmos pelo bairro, ainda é comum ouvir o dialeto tirolês sendo falado entre seus moradores, principalmente os filhos e netos descendentes, pois quando os primórdios  chegaram ao Brasil, procuraram  aprender somente o básico da língua portuguesa  para execução de negócios, compra e venda de produtos, mas houve também  um tempo de  grande barreira ao seus dialetos pelo governo brasileiro, que durante a 2ª Guerra Mundial e sendo levados pelo nacionalismo patriótico, não permitiram o uso de livros escritos em outras línguas nas escolas, principalmente vindo de países inimigos de Guerra, e como o Brasil apoiava os aliados, o governo, por um certo período e preconceito, não via a Itália com bom olhos pelo fato do País se localizar próximo a Alemanha, e tudo que era italiano foi cortado.

Passado este incidente e com o avanço das décadas, o contato com o idioma português passou  a ser necessário, pois muitos precisaram sair do bairro para encontrar  trabalho ou estudar, e como resultado disso, o aprendizado do dialeto tirolês foi se enfraquecendo a cada vez mais tornando -se poucas as pessoas que  o falasse com fluência.

Mas mesmo assim, ainda é possível ouvir os habitantes dos bairros conversarem uns com os outros no dialeto trentino, desde os mais experientes, jovens e até algumas crianças.

Mas isto é uma outra historia.....


Resumo Texto: José Santos ( Maestro Cidão) - Mtb 007.4724/ SP

Fonte: www.tese.usp / Wikipédia.com / oespiritodolugar.blogspot.com

Foto: Ilustrativa (Primeiros imigrantes de Tirol)



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