AS VERIDICAS!
Sim! realmente havia escravos em Piracicaba, sendo que havia na época, oito mil moradores e cerca de mais de 5 mil escravos entre "legalizados" e os ilegais. Também é real segundo relatos alfandegários, que Campinas era a que mais tinha escravos na região, com quase 14 mil, seguida por Batatais com seis mil escravos e Piracicaba em terceiro.
A teses e pesquisas levantadas sobre o fato histórico pelo filósofo Antônio Filogênio Júnior e publicada na edição anterior, também teve suas referencias obtidas pelos relatos do historiador Noedi Monteiro, sobre o Quilombo Corumbataí e a presença de escravos de origem Bantu, vindos das regiões conhecidas atualmente como Congo e Angola da África, e sua entrevista poderá ser encontrada na integra no "Sou Repórter", um site de laboratório do curso de jornalismo da UNIMEP, no seu relato, em meados de outubro de 2019 e escrita pela jornalista Fernanda Rizzi.
É fato real, que a existência do Quilombo Corumbataí, em muito colaborou para as análises históricas da presença negra no país, com um papel altamente significativo para a comunidade negra em reconhecimento histórico em seus atos de resistência, quanto a valorização histórica do município e da região.
A história também conclui que a ganância foi um dos fatos que a 214 anos atrás, em abril de 1804, na suspeita de que os negros estivessem garimpando ouro, e assim o Quilombo piracicabano, que segundo professor Noedi, fora fundado no ano de 1750, acabou sendo covardemente atacado, destruído, massacrado e o seu povo cruelmente assassinado pelo então genocida, Sargento Carlos Bartolomeu de Arruda Botelho, com a ajuda da força militar da Capitania de São Paulo, a pedido do governador Antônio José de França e Horta.
MITO!
Porém é mito dizer que o nome dado a Avenida Carlos Botelho, que divide os bairros São Judas e São Dimas, seja referente a este homicida.
Na realidade a nomenclatura da avenida é em homenagem ao médico piracicabano, Dr. Carlos José de Arruda Botelho, nascido no ano de 1855 em Piracicaba. Médico urologista, formado em Paris, trabalhou na Santa Casa de Misericórdia, centro de referência hospitalar paulista localizado até hoje no bairro da Santa Cecília.
Tornou-se um dos mais brilhantes e reconhecidos cirurgiões de São Paulo. Ajudou a fundar a Policlínica de São Paulo, criou a “Casa de Saúde Dr. Botelho” – primeiro hospital particular brasileiro – no Brás e foi sócio - fundador da Academia de Medicina de São Paulo, da qual foi presidente entre 1896 a 1917.
Mas não é mito e nunca será, ao afirmamos que o historiador piracicabano Noedi Monteiro, é o detentor do crédito de toda pesquisa sobre o Quilombo Corumbataí e sem a presença de "Co Autores", mas sim com o apoio da mídia e da repórter Edileine Garcia da emissora EPTV, e que durante o percurso de suas pesquisas, foram duramente perseguidos por indivíduos interessados em enterrar mais uma história verídica com a intenção de lotear toda aquela área.
Foram então, 27 anos de luta até a conquista da desapropriação do local, pois ali havia uma enorme chácara e uma leiteria por uso indevido, mas a árdua batalha foi vencida e por segurança da causa o parque fora registrado em cartório em seu nome.
Em resumo, sem estas pesquisas, o Parque histórico dificilmente viria a existir e nem o ex vereador citado na edição anterior, na luta em poder apoiar como parte de seu proposito de gabinete; porém, tinha em mãos, um valioso documento histórico anexado a uma proposta que no qual resultou no projeto de lei 295/2009, protocolado na câmara e determinando o local como "Parque Histórico Corumbataí".
Sim! o Parque existe como parte do patrimônio histórico de Piracicaba, localizado no Distrito de Santa Terezinha, na avenida Nossa Senhora do Carmo e rua Adelmo Cavagioni, um movimentado espaço de lazer , sendo frequentado ativamente pelos moradores locais. Sejam todo bem vindos!!
Foto montagem Ilustrativa - Texto José Santos (Maestro Cidão) Mtb: 007.4724/SP.
Veja mais: www.vozdosbairrospiracicaba.com.br
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