A diferença entre o asfalto convencional ou tradicional, com o asfalto a frio, é que no convencional, ele deve ser aplicado e compactado ainda quente, e quando entra em contato com a água da chuva ou de uma poça d’água, ele esfria rapidamente perdendo sua capacidade de resistência e aderência. Porém, o asfalto a frio, é preparado para ser aplicado e compactado em temperatura ambiente, por isso, não sofre este resfriamento repentino em contato com a água, mantendo a sua aderência e capacidade sustentável.
SUA POSITIVIDADE
Ao contrário do tradicional, o asfalto frio pode ser aplicado na chuva ou em buracos contendo água, e para entendermos melhor a sua técnica e viabilidade, a g1 entrevistou Rodrigo Martins, engenheiro civil especializado sobre o assunto, e segundo ele, o método deve ser utilizado apenas para pequenas manutenções e mesmo assim, pode ser prejudicial ao asfalto.
CONTRA
O especialista afirmou que não é possível estimar a durabilidade do asfalto a frio, já que isso depende de fatores como o fluxo de veículos do local e a frequência de chuvas. Martins, no entanto, reforçou que a medida deve ser apenas "paliativa", antecedendo o reparo definitivo.
"Ela não é uma técnica ideal visando o longo prazo, mas é algo paliativo, de urgência. Se tem algo de urgência a ser realizado, é melhor estancar a sangria do que fazer licitação, escolher empresa, vai demorar muito. Caso não tenha a previsão de fazer asfalto a quente, o asfalto a frio retarda um pouco a manutenção e proporciona o uso", completa.
O QUE SIGNIFICA PALIATIVO!
Trocando em miúdos, a palavra "paliativo" tem origem no latim pallium, que metaforicamente significa tapar, disfarçar ou encobrir, sendo uma medida tomada para determinada situação que apenas disfarça e não resolve o problema, conhecido pelo antigo dito Popular Caipira como "Tapá o Sór Coá Penera".
Em resumo, como podemos perceber, esta foi uma maneira encontrada para "aquietar" a população e a imprensa, sobre este assunto sério, que vem assolando e destruindo veículos em Piracicaba, e que no qual se intensificou ainda mais com as ultimas chuvas ocorridas no município.
Se esta ação, que traz mais uma grande despesa aos cofres públicos da cidade, der um bom resultado, o executivo ganhará pontos positivos perante a população, mas caso esta idéia não vingue, a situação ficará pior do que já está, ou até insustentável.
ASFALTO A FRIO X CONVENCIONAL
Embora esta "paleatividade" seja simples para pequenos reparos e ruas "vazias", porém, para bairros e avenidas de grande tráfico veicular e necessidade de uma pavimentação de grande porte, é notório que está ação não seja assim tão eficaz, duradoura ou com baixo custo financeiro, e para as cidades de médio ou grande porte, a saída mais lógica, seria na criação de pequenas bases de monitoração para o uso racional do asfalto frio quando preciso for, e na utilização do convencional, dependendo da necessidade e situação do bairro, criando assim, bases regionais com o produto frio em estoque, nas regiões Norte, Sul, Leste e Oeste da cidade, evitando assim, a durabilidade dos buracos.
Eis aqui a minha idéia, proposta ou dica.
Jornalista: José Santos (Maestro Cidão) /Fonte pesquisa: Novo Asfalto / G1 Piracicaba / Foto: Maurício Marcon/Divulgação
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