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Jornal A Voz dos Bairros de Piracicaba

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A HISTÓRIA DA COMUNIDADE DO BAIRRO JARDIM GILDA!






A história do bairro Jardim Gilda começa oficialmente a existir, a partir  do momento em que se inicia a abertura do sorteio da primeira entre as 951 casas distribuídas , realizada no dia 30 de outubro de 2008, no Estádio Municipal do XV de Novembro, para 11.959 famílias cadastradas, que  tiveram que passar antes, por uma Pré triagem social para poderem participar do sorteio das moradias. 

Porém, as famílias comtempladas,  ainda passariam  por mais um pente fino, na possibilidade de os mesmos já  possuírem algum imóvel em seu nome, e isto foi feito através de rastreamento em cartório, e se acaso houvesse, perderiam o direito pela casa, passando assim para o suplente.

Na época, das 951 casas oferecidas, 617 foram direcionadas para o público em geral, e as  154 moradias restantes, subdivididas da seguinte forma: 67 famílias com pessoas portadoras de necessidades especiais graves ou irreversíveis, 48 para o Programa do Idoso, conforme descrito nas regras do edital e 39 famílias de policiais civis, militares, agentes de segurança penitenciária e agentes de escolta e vigilância penitenciaria, também descrito no edital e as 180 unidades restantes, para famílias moradoras em áreas de risco.

O bairro Jardim Gilda, é um núcleo construído através do subsidio do governo  municipal em sua administração da época, assim como o núcleo do Mario Dedini na década de 90, e a do Bosques do Lenheiro no inicio do ano 2000, todos em parceria com a CDHU, vindo alguns meses depois, logo após ao Gilda, a construção do residencial do bairro Santa Fé, na região do Novo Horizonte, com 713 casas; e em todos esses núcleos habitacionais, foi necessário o investimento municipal para as infraestruturas asfálticas, rede de abastecimento de água, rede de esgoto e iluminação pública; ficando a energia elétrica por conta da CPFL, sendo que as casas do Jardim Gilda foram as pioneiras em termos de instalações  individuais de aquecedores solar.

Mas isto é uma outra história...

A RETIRADA DOS INVASORES PELA FORÇA POLICIAL DE SÃO PAULO!

A exemplo dos primeiros assentamentos ocorridos na região do Mario Dedini, o Bairro Jardim Gilda também teve o seu inicio bastante conturbado; tanto que passado algumas semanas do sorteio, as famílias que não foram sorteadas, em sinal de protesto decidiram invadir as casas que ainda estavam em processo de regularização de posse, conforme as regras do edital.

Esta invasão aconteceu em cerca de 60 casa, no dia 26 de dezembro de 2008, a 56 dias após os sorteios, e um dos motivos do protesto, era que, para ter direto a moradia, seria necessário estar pelo menos três anos em Piracicaba e ter uma renda entre 1 a 10 salários mínimos.

Após 25 dias da invasão, no dia 19 de janeiro, o CDHU e a Policia Militar de São Paulo  emitiram um documento aos invasores, com  aviso de desocupação imediata dos imóveis, ameaçando a quem permanecer no local, o uso de força policial e assim como dito e escrito, isto foi feito na manhã do dia 22 de janeiro de 2009.

Em um cenário de captura tática, chegaram no bairro muitos policiais, tropas de choque e um helicóptero de apoio aéreo, para a realização da reintegração de posse das 60 casas ocupadas por famílias que eram compostas em sua maioria por pessoas que não sorteadas e "oportunistas de plantão", que nem sequer haviam feito inscrições para terem direito a reivindicação daquela moradia.

Na ação de negociação entre invasores, assistentes sociais e o poder publico, seus móveis e pertences foram levados a um barracão cedido pela antiga Usina Costa Pinto ( RAIZEN ) e também um ônibus, que levaria a quem “realmente” não tivesse pra onde ir, para um albergue quase centenário que havia no bairro Alto ( hoje  fechado por ordem do prefeito municipal da atual administração, desde o inicio de 2022), e dois dias depois, daquele mesmo ano, em um final de tarde, a polícia militar da cidade, efetuou pacificamente a reintegração de posse das casas do conjunto habitacional do Jardim Gilda.

Durante o seu período de evolução social, após este marcante episodio, assim como aconteceu nos bairros vizinhos, Mário Dedini e Bosques do Lenheiro, o Jardim Gilda também passou pelo duro processo de preconceito social de algumas empresas ou até contra trabalhadoras domesticas, que eram forçadas a negar ou omitir em seus currículos o seu próprio bairro para conseguir um bom trabalho; mas tudo isso foi superado pela comunidade com muita fé, honra e coragem.

Passado toda esta fase de adaptação, a comunidade é hoje, uma das forças da Região Norte e está sub dividida em Gilda I, II e III, para uma melhor coordenação dos correios e conta com uma boa  infraestrutura social, como escolas, creches, postos de saúde, centros comunitários, varejões, academias, igrejas e áreas de lazer e sua extensão é composta por 35 ruas, sendo apenas 8 com nomes femininos, embora a maioria delas desconhecidas pelo bairro, situação que poderia ser facilmente resolvida em sala de aula sobre a história do bairro aos alunos da comunidade.

As ruas que ali, homenageiam as mulheres, são elas:  Rua Maria Marques dos Santos, Rua Maria de Lourdes Fernandes Jacob, Rua Maria Aparecida Stengle, Rua Lourdes Luzia Pinto, Rua Lourdes de Oliveira Scopin, Rua Dona Irma Rosseto Pexe, Rua Mafalda Moreira Fazenaro e Rua Deolinda Amélia Marques Alves.

Texto: José Santos (Maestro Cidão) Mtb0074524/SP / Fontes: G1 / Elisabete Marques 21.231 /Centro de mídia independente/ vozdosbairrosiracicaba.com.br

Foto Ilustrativa: Arquivo voz dos Bairros








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