"Era uma vez, um castelo que mudou o nome de um bairro, fincou a sua bandeira, mas anos depois caiu frente a um ataque na calada da noite e agora só existem em fotos, filmagens e nas memórias de quem conheceu a sua história." Na realidade a história é quase isso!
Há alguns anos, não tão distante assim e para espanto da nova geração, sim, existiu na cidade um memorável “Castelo”, no alto de uma colina, no qual quase toda Piracicaba o avistava todo imponente!
Mas esta bela construção deixou saudades, e fez muita gente sonhar e várias crianças da época exercitarem a sua imaginação.
A grandiosa obra, criada pelo arquiteto João Chadad, tornou se ponto de referência e acabou (talvez por decreto pessoal do "Rei" da época), influenciando até no nome original do bairro em que ele se encontrava.
Com orgulho, o bairro crescia e o castelinho permanecia lá no topo, despertando a curiosidade e a imaginação de quem ali de longe o avistasse.
Será que a Madame Min e a Maga Patalógika moram ali? tem presos no calabouço? Dráculas, Vampiros, Dragão, um príncipe ou uma bela princesa em uma das torres pedindo por socorro?
Sim, esta poderia ser uma das formas positivas do desenvolvimento imaginativo que o castelinho causava em muitas crianças e que por mais de quarenta anos, reinou soberano e absoluto.
Antes da sua destruição, o local foi residência do arquiteto que o construiu, depois um excelente salão de festas, restaurante e até igreja. Na realidade, pela sua originalidade, ele até poderia ter sido tombado como patrimônio histórico e cultural da cidade e se tornado em um dos grandes Marco turístico da região, mas fora vendido na época a Jorge Aversa, um brilhante, promissor e integro empresário piracicabano, e que infelizmente o demoliu em tempo recorde em 2013, evitando assim a idéia e amadurecimento do seu tombamento, e a sua torre foi a última a cair, e com ela, a memória de um bairro. Trágico! Trágico!
Para se ter uma idéia do seu valor histórico para a cidade, talvez fosse exagero comparar o seu demolir a uma pirâmide milenar no Egito só pra construir alguma dúzias de apartamentos ou "apertamentos", em nome do progresso e no fim, correr o risco de acabar sendo embargado.
Enfim, o Castelinho não mais existe mais, são aguas passadas, história queimada e talvez, a melhor solução, seria a realização de um concurso comunitário no bairro, baixo assinado para mudança, deixar como está ou na volta do nome original antigo, que no qual era São Miguel e que permaneceu desde a criação do bairro até o fim dos anos 70, quando a Câmara de Piracicaba decidiu oficializar o nome adotado pelos moradores da época em alusão ao Castelinho.
O Castelinho ficava no alto da rua Dr. Lula, 566 e hoje resta apenas um terreno embargado e vazio cercado por um tapume pedindo por caridade “não me pichem”. Durante a pesquisa, alguns moradores, disseram que talvez poderá ser construído um novo empreendimento ou casas de aluguel, mas os mais experientes acham que realmente tudo foi embargado, devido a exposição do terreno. Foi um tiro no pé!
Foto: Thomaz Fernandes/G1 / Montagem Ilustrativa: A Voz dos Bairros / Reportagem: José Santos (Maestro Cidão) Mtb. 007.4532/ SP
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