Existem em Piracicaba, alguns traços e relatos escravocratas que a sociedade antiga da cidade praticou e que muitos jovens da atual geração nem imaginam, achando que na época era tudo um "Paraiso".
Esta é uma resumida história da Fazenda Pau d’Alho, antigo Pico Alto, localizada no eixo Piracicaba-Conchas, que no qual monopolizava as demais propriedades da região, em um total aproximado de 2.500 alqueires de terra.
A formação estrutural da fazenda eram de estilo colonial, conforme as grandes propriedades rurais da época do século XIX, com casa-sede, zona de colonos, senzalas, zona de plantação e construções secundárias: oficina, paiol, terreiro, tulha, cocheira e estrebaria e que aos poucos foram sendo integradas por Manoel Barros através de aquisições.
O proprietário, além do plantio tradicional da região, de cana e algodão, pensou naquela época em plantar também o café, sendo que consta no pagamento dos impostos do município, o nome do Dr. Manoel com produtor de 1.000 arrobas de café, no ano de 1888 e 7.000 arrobas de café no ano seguinte, ou seja, em maio de 1889.
Para se ter uma ideia de como era a Fazenda Pau d’Alho, bem próximo a casa, já se via os “restos” da senzala (onde se mantinham cativos os escravos para trabalharem na lavoura de cana ou café ), durante a passagem na estrada, com várias fileiras de palmeiras reais, que no qual e conduzia até a casa-sede.
Esta sede rural, foi construída em um assento de meia encosta, apoiada em uma parte mais alta do terreno em formato de planta do tipo U, estilo muito usado nas sedes rurais do Vale do Paraíba.
Não se sabe aos certo quem foram os mestres construtores da época, mas ela foi construída com um molde contendo sala social e dois quartos na parte da entrada, além de dois quartos e varanda (sala de refeições e lazer da família) que estão na parte central e a área de serviço nas extremidades da casa.
Em 1980, uma integrante da família Moraes barros relatou no livro - Na trilha do passado paulista – Piracicaba Século XIX – Fazendas, Engenhos e Usinas, que a casa-sede sofreu uma reforma e foi demolida a ala direita da forma em U, que continha uma torre com mirante. Mas isto é uma outra história.
Fontes de pesquisa: - Livro - Na trilha do passado paulista e jornal A Província ( Neide Marcondes / Taís Romanelli)
Foto Ilustrativa
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Achei muito lindo esse comentário PARABEM
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