Lojas e Comércio

Jornal A Voz dos Bairros de Piracicaba

Em Construção e Aberto para Anúncios - (19) 9.8975.8934

A História das Primeiras Favelas de Piracicaba!


A história das favelas de Piracicaba sempre foi marcada por lutas, conquistas e desafios e apesar das dificuldades, a comunidade favelada conseguiu se  organizar e reivindicar seus direitos, impulsionando um grande avanços na área da moradia. 

Piracicaba, sempre se  destacou como um dos pólos regionais mais  importante da nossa região metropolitana, e por isso, houve um rápido crescimento populacional, entre as décadas de 1970 e 1980 e assim, impulsionado pela industrialização e pelo êxodo rural, trouxe consigo muitos desafios na área da moradia e por isso, a intensificação do processo de favelização se tornou um problema social urgente, exigindo medidas para garantir o direito à moradia digna.

Surge a primeira Favela de Piracicaba

Tudo começou em meados dos anos 60, quando surgiu a primeira favela em Piracicaba, o Jardim Algodoal e em seguida, o Santo Antônio na Vila Cristina. Nas décadas seguintes, o número de áreas precárias se multiplicou, concentrando-se principalmente nas regiões sul e norte da cidade. 

 Durante a década de70, houve um grande aumento no número de favelas na cidade, no total de 18, sendo  10 que se concentraram na região da Vila Cristina, 3 na região de Santa Teresinha, 3 na região do Piracicamirim e 2 na Vila Industrial.

A Luta pela sua Regularização

A partir dai, a população favelada passou a se organizar em associações, buscando reconhecimento e reivindicando soluções do poder público, sendo que a  AFASP - Associação dos Favelados de Piracicaba, teve um papel crucial nessa luta, defendendo o direito à moradia e à regularização fundiária.

Para tentar superar o processo de favelização, avanços e obstáculos que foram surgindo ao longo das décadas, diversos programas habitacionais e iniciativas de urbanização foram implementados, em parceria com o governo estadual e federal. 

Uma delas foi a criação da EMDHAP - Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba, em 1990, se tornando um marco importante, mas no entanto, o processo de regularização fundiária avançou lentamente, com a maioria das favelas ainda aguardando a titulação definitiva dos terrenos. 

Programas como o Papel Passado e o Cidade Legal trouxeram avanços, mas a questão da posse e da propriedade ainda era um desafio para muitos moradores e ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas a trajetória até aqui demonstra a força e a resiliência da população em busca de uma vida digna, por soluções permanentes e a garantia do direito à moradia para todos, sendo uma das metas essenciais para o desenvolvimento social de Piracicaba.

Pensando assim, foi criado uma idéia de "Perspectivas e Reflexões", através de um Plano Diretor criado a alguns anos atrás, consistindo que os núcleos urbanos informais consolidados (favelas), passam a ser considerados como aqueles de difícil reversão, considerados o tempo da ocupação, a natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a presença de equipamentos públicos, entre outras circunstâncias e segundo a proposta, devem ser cobradas dos "beneficiários" do núcleo as despesas como implantação dos sistemas de água potável e de coleta e tratamento do esgotamento sanitário, coletivos ou individuais; rede de energia elétrica domiciliar; guias, sarjetas e calçadas, além de soluções viáveis para o pavimento das vias públicas e para a drenagem e sendo tudo  de responsabilidade da Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba (Emdhap), com apoio de outros órgãos de administração direta e indireta.

Atualmente existem em registro, 58 Favelas em Piracicaba, algumas em formato de núcleos habitacionais urbanos, sendo apenas duas regularizadas (Algodoal e Vila Sônia).

As comunidades que foram mapeadas como Favela em Piracicaba e já em ordem alfabética são:

 Algodoal (Área Institucional do Núcleo Hab. Algodoal), Algodoal 2 (Atrás da Madeireira Naléssio), Belvedere, Caiuby, Cantagalo, DER, Dona Anésia (rua), Frederico, Guamium, IAA 1 e 2, Ingá (Vitória Régia), Jabotá, Jandira, Jaraguá, Jardim Algodoal (5ª parte), Jardim Borghesi, Jardim Camargo, Jardim Conceição, Jardim das Flores (Haiti), Jardim Diamante, Jardim Glória, Jardim Monte Branco, Jardim Monte Cristo, Jardim Planalto, Jardim Taiguara, Jardim Tatuapé, Jardim Tóquio, Jardim Vitória, Javary, MAF (Jardim Esplanada), Maria Cláudia, Maria Helena, Maristela, Marques Cantinho, Monte Líbano, Nossa Senhora Aparecida, Nova Paulista (área particular), Nova Suíssa, Núcleo Habitacional Algodoal (Regularizada), Pantanal, Parque dos Sabiás, Parque Orlanda 1 e 2, Patriotas (rua), Pereirinha (Bairrinho/ Água do Macaco), Portelinha, Precisão, Rua Arthur Madeira - Vila Cristina, Santa Rosa, Santo Antônio, São Dimas (rua), São Jorge, Três Porquinhos, Vera Cruz, Vila Bessy, Vila Fátima/ Dona Luiza, Vila Industrial/ Jardim São Pedro, Vila Maria (área particular) e Vila Sônia (Regularizada).

Segundo o NIIS – (Núcleos Informais de Interesse Social), ainda existem cerca de 33 mil pessoas aguardando a regularização fundiária de fato, algumas  inclusive com processos de reintegração de posse e cerca de 10 mil unidades habitacionais como déficit quantitativo de moradias.

...mas isto é uma outra história!


Texto: José Santos (Maestro Cidão)- Mtb 007.4524/SP / Fontes Pesquisa: Diário do Engenho, g1.globo.com, wikipedia. Foto Divulgação: Prefeitura Piracicaba

Comentários

O seu comentário é muito precioso para nós!

Postagem Anterior Próxima Postagem